
Ela
Ela desligou as luzes e veio deitar-se.
O único barulho que era possível ouvir eram as gotas da chuva de outono sobre a janela.
Ela deitou em um silêncio que dilacerava minha alma.
— Está tudo bem?
— Sim, está!
E o silêncio novamente pairava pelo ar, eu podia sentir sua respiração um tanto agitada. Não desesperada, mas de uma forma exausta, talvez.
— O tempo não parece que vai melhorar!
— Não mesmo!
Ela se virou de costas!
Confesso que é estranho vê-la desta forma, ela nunca agiu assim.
Nessa mistura de respiração e gotas de chuvas, eu tive coragem de questionar, questionar o inquestionável e tive de ter muito mais coragem para ouvir a resposta saindo da mesmo boca que tantas vezes disse que me amava.
— Ainda existe nós?
Ela virou de volta para mim, puxa vida, como ela é linda. Estava com lágrimas nos olhos.
—Eu te amo, mas não consigo mais…
Nós apenas nos abraçamos e choramos juntos até adormecer. Eu poderia ficar aqui por horas tentando explicar como chegamos nesse estágio e também poderia tentar criar inúmeros motivos para que ela não fosse embora.
Mas por quê? Para quem?
O amor também é deixar ir, certo?


2 comentários
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